Existe assunto melhor para uma estréia do que livros? São
pequenos objetos que podem fazer você chorar e rir. Tem o poder de te
emocionar. E pra falar de um assunto que eu posso falar com toda a segurança do
mundo, escolhi contar pra vocês um pouco do meu livro favorito: “Lolita” –
Vladimir Nabokov.
Lolita é escrito sobre o ponto de vista de Humbert Humbert -
um professor de poesia francesa - que sofre quando aos treze enfrenta a morte
de Annabel, seu primeiro amor. O amor nunca consumado de fato acaba por
desenvolver na mente de Humbert uma espécie de trauma e a partir daí ele se
sente atraído apenas por meninas novas. Muito novas, na verdade. Em uma ocasião
relatada no livro, uma prostituta de 17 anos é considerada muito madura aos
seus olhos.
Humbert decide passar
uma temporada nos EUA e parte á este país. Ao chegar em seu destino, o local
onde passaria sua estadia acaba de passar por um incêndio fatal. Porém, o
cuidadoso dono já providenciará um novo local para Humbert Humbert repousar – a
casa de Charlotte Haze. Quando entra na casa, Humbert logo percebe que a víuva
Charlotte já caíra na graça de seu charme, porém Humbert só imagina que
desculpa usar para não viver ali. Mas ele não imaginava que suas pretensões
mudariam totalmente quando botasse os olhos sobre a filha de Charlotte, Dolores
– Lolita. Humbert acredita estar revendo Annabel, graças a semelhança entre as
duas, e desenvolve uma paixão doentia pela mesma.
Quando Lolita foi escrito, foi recusado por várias editoras,
até encontrar uma parisiense que concordou em publica-lo. Isso aconteceu em
1955, então é possível imaginar o quanto foi chocante ao público uma história
como esta, até por que Humbert narra sua história enquanto aguarda seu
julgamento onde é acusado de homicídio. Aos olhos do povo daquela época era uma
barbaridade uma temática como essa. A escrita é um tanto quanto fácil de ler,
porém depende da edição (a minha é a distribuída com a Folha de São Paulo em
2003) não traduzem expressões francesas das quais o autor abusa, então ás vezes
sentimos a sensação de não saber do que o mesmo fala. Nos primeiros capítulos,
após a morte de Annabel, se torna um pouco tedioso graças ao desespero de
Humbert diante do vazio que se torna sua vida antes de encontrar Lolita, mas
logo o enredo pega no tranco e você não consegue largar o livro!
Por isso tudo Lolita se tornou meu livro favorito antes
mesmo de eu terminar de lê-lo. Adoro essa perseguição doentia de Humbert,
porém, ao mesmo tempo, você entende que suas atitudes – um pouco tanto quanto
psicopatas, eu diria – são graças a sua paixão e o seu desespero de não se
afastar de sua amada. Um livro que eu releria quantas vezes forem necessárias
até eu decorar cada uma de suas palavras.
E você, já leu este livro? Ficou com vontade de ler? Ou
achou uma história um pouco pesada? Me conta o que você achou nos comentários!
Nós queremos saber sua opnião! (:
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